sábado, 3 de julho de 2010

O Deus que chama e corrige: Números 10.11 - 12.16

Enquanto a nação continua parada no monte Sinai, o povo parece bem capaz de obedecer ao Senhor. Contudo, três dias depois da iniciada a viagem rumo a Canaã eles se vêem queixando-se das circunstâncias, especialmente de suas rações alimentares (10.11 - 11.1). Deus julga a queixa deles e chama ajudadores para Moisés , de maneira que não venha a ser tão difícil de lidar com o povo (11.2-5). A queixa atinge, finalmente, cada nível social, pois Miriã e Arão questionam a autoridade de Moisés (12.1,2).

À semelhança do povo, os dois aprendem que quem se queixa da ordenação divina da sociedade será castigado (12.3-16). Todos esses problemas lembram os leitores das dificuldades de Êxodo 16 e17 e fazem imaginar se não é apenas uma questão de tempo que problemas passados e presentes signifiquem problemas futuros.

Em Israel cada indivíduo recebe uma tarefa ou chamado específico da parte de Deus. Os israelitas são individualmente chamados a integrar unidades familiares obedientes aos pais ( Ex 20.12), respeitadoras da dignidade sexual de cada membro da família (v. Lv 18.6-30) e a ocupar seu lugar no acampamento. De cada família procedem os guerreiros que conquistarão Canaã. Cada família é parte de uma tribo que participará coletivamente da divisão da terra. A família de Arão e os levitas são chamados a um serviço específico no santuário. Israel é, no seu todo, chamado a ser o povo santo de DEUS, o cumprimento das promessas divinas a Abraão. O êxodo marca-os como povo de Yahweh, embora, conforme assinalado por Brevar Childs, " Israel não se torna povo por ter sido libertado, antes foi libertado por ser o povo de DEUS". A aliança sinaítica separa-os ainda mais como um povo chamado que tem em comum um DEUS, uma aliança, um compromisso. Elmer A. Martens comenta que,
apesar de tudo o mais que esse povo tivesse em comum e o unisse, a lealdade que o coletivamente tinha com o Deus único, cuja provisão e direção experimentavam coletivamente, e por cuja aliança estava coletivamente ligado um ao outro, era objeto de elevada, se não da mais absoluta, consideração.

Cada israelita possui, então, um chamado único e importante como membro do povo escolhido de DEUS. O êxodo, a aliança, o tabenáculo, a nuvem da presença e o maná substancioso - tudo isso é testemunho da grandeza de Yahweh e da importância que DEUS atribui a Israel.

Apesar desse chamado, direção e provisão, Israel coletivamente e certos israelitas individualmente queixam-se da situação. O povo cansa-se do maná e sente saudades dos dias maravilhosos de escravidão do Egito, quando tinham comida melhor (11.1-9). Moisés queixa-se das queixas infantis de Israel (11.10-15). Josué, o ajudante de Moisés, queixa-se quando DEUS chama os anciãos a aliviar o fardo da liderança que estava sobre os ombros de Moisés (11.2/8). Devido a um problema não mencionado com a esposa de Moisés, Miriã e Arão queixam-se da autoridade de Moisés (12.1,2). Fica claro que Israel duvida de DEUS, Moisés duvida de DEUS, Josué duvida de DEUS, e Miriã e Arão duvidam de DEUS. Resta ver se a dúvida vai descambar em descrença ou se é possível restaurar a fé.

A resposta de Deus é continuar a chamar pessoas para tarefas especificas e corrigir crenças indevidas. Ao designar e capacitar anciãos que partilharão o fardo da liderança, Deus vem ao encontro das preocupações de Moisés (11.24-27). Yahweh responde aos desejos alimentares de Israel ao enviar codornas e em seguida uma praga a todos os que rejeitaram a constante provisão do Senhor (11.18-20; 11.31-34). A capacidade divina de produzir tal quantidade de carne silencia as dúvidas de Moisés (11.21 - 23), e uma declaração humilde de seu líder vem ao encontro das preocupações de Josué (11.28-30). Miriã e Arão aprendem que a posição especial que ocupam não lhes dá o direito de rebelar-se contra Moisés, chamado a liderar Israel e receber a revelação divina (11.4-8). Yahweh atinge Miriã com lepra, curando-a somente quando Moisés intercede por ela (12.10-16). Certamente cada israelita sabe agora como só a obediência à autoridade permite que cada indivíduo santo danação santa desabroche em sua chamada específica.

PROFECIA

A profecia é um aspecto distinto e singular da revelação totalmente estranha à capacidade humana. Ela atinge a história pré-escrita; portanto, deve provar ser um grande fenômeno. Seu cumprimento no passado é inquestionável, e permanece como uma evidencia indiscutivel para a inspiração.

1. COMO PREDIÇÃO. A profecia preditiva deve ser distinta da pregação ou da proclamação; em si mesma é uma espécie de ministério profético.

2. SEU CONTEÚDO. A profecia preditiva ocupa quase um quarto do texto da Escritura. Ela atinge na verdade praticamente todos os aspectos da vida e da história humana. As principais classificações são:

(a). a que é cumprida e não cumprida;
(b). a que é do Antigo e do Novo Testamento;
(c). a que é concernente a Israel, gentios e Igreja;
(d). a que concerne a Cristo e Seus primeiro e segundo adventos (a ultima se estende cerca de oito vezes mais textos do que a primeira);
(e). a que é antes , durante, e após o exílio judaico;
(f). mensagens para os reinos do Norte e do Sul.

3. NO MINISTÉRIO DE CRISTO. O ministério profético singular de Cristo é a consumação de toda a profecia, porque Ele veio como o maior Profeta, Sacerdote e Rei. Ele finalmente cumpriu Deuteronômio 18.15 (caro estudante compare todas as referencias do Novo Testamento a esta passagem).

4. O ESTUDO DELA. O estudo da profecia é especialmente predito nesta era; contudo, ela será entendida somente pelo poder capacitador do Espírito Santo (Jo 16.13).

NOVO TRIMESTRE

A Paz do Senhor Jesus Cristo,

A todos,

Amados novo trimestre que se inicia e a certeza de que será uma benção sobre as nossas vidas. Vamos comentar sobre o tema no decorrer destes dias, então peço que enviem seus comentários e duvidas iremos tentar ajuda-los de alguma forma.

Vamos em frente...