sábado, 17 de setembro de 2011

A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ

Quando se fala em manter a integridade da doiutrina cristã, é preciso estabelecer o que vem a ser doutrina. Muitas vezes, ela é confundida com costumes, que são hábitos guardados por determinados grupos de pessoas dentro de um período de tempo. Costumes não são doutrina. São práticas observadas por pessoas. Doutrina refere-se ao trabalho intelectual feito por pessoas que amadurecem idéias após longos períodos de meditação, formando conceitos com base em premissas coerentes e apoiados em textos considerados essenciais para determinada ciência. Um exemplo disso é a doutrina do Espirito Santo. Não se pode negar sua existência, sua influencia em nossos dias, suas funções no tocante à história da humanidade e o seu papel diante de Deus em prol dos homens.

Há doutrinas que se encontram em pontos divergentes, mesmo em grupo específico de professores e estudantes de um determinado ramo da ciência. Por exemplo, há grupos que estudam Direito, mas se colocam como opositores de determinados paradigmas dessa ciência. Na Teologia, a propósito, também há pensamentos distintos. Existem pessoas que acreditam que os dons espirituais foram manifestos em um espaço de tempo restrito. E há aqueles que crêem que a manifestação do Espirito Santo, no tocante aos dons espirituais, não tem prazo de validade. Essas questões são doutrinarias e pode influenciar os costumes das pessoas. No entanto, doutrina e costumes são conceitos diferentes.

A integridade da doutrina cristã, entretanto, pode ser mantida a partir da fidelidade a Deus e sua Palavra. Quando se falam em ser fiel a Deus, incluímos um desejo profundo de estudar as Escrituras da maneira mais correta possível: com compromisso, de forma metódica e com o auxilio de bons livros que ajudem a interpretar corretamente a Palavra de Deus. Lembre-se de que a Bíblia não foi escrita no Brasil, no século 21, em portugues, por um único autor. Esses fatores devem ser levados em considerações quando formos fazer a leitura e interpretação de um texto bíblico ou estudar determinada doutrina. Por isso, o estudo metódico deve ser incentivado em prol da conservação do conteúdo doutrinário e pureza do Evangelho.

Outro fator imprescindível: a doutrina do Evangelho deve s transmitida de forma que atinja todos os aspectos da vida de um indivíduo - não apenas o espiritual. Isso garante a integridade da doutrina cristã. Ela não será íntegra se moldar o indivíduo apenas na igreja, e não influenciar sua forma de conduta fora do santuario. Uma fé que age apenas quando a esta na presença de outras do mesmo culto não pode ser considerada aceitável para os que não a conhecem. Trata-se, nesse caso, de uma fé sem expressividade.

Revista Ensinador Cristão - ano 12 - N.47 - pagina 42

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A INFLUENCIA CULTURAL DA IGREJA

A Igreja não pode se furtar ao fato de que precisa influenciar culturalmente a sociedade. E isso não é pecado, como pensam algumas pessoas , nem tem a ver com a Igreja se misturando ao mundo em suas praticas. A idéia de ela exercer uma influencia cultural na sociedade em geral tem a ver com a capacidade do Evangelho de atingir todas as camadas sociais por me daqueles que estejam transmitindo a mensagem de forma dinâmica em cada um desses segmentos.

Há pessoas na Igreja que entendem como necessária uma separação cultural entre a comunidade cristã e a sociedade. De fato, compreendemos que as praticas da Igreja e as do mundo são opostas entre si a partir de sua natureza. A Igreja é agencia do Reino de Deus na Terra, transmitindo a mensagem do Evangelho e tornando Jesus conhecido por palavras e vida, ao passo que o mundo é o mundo de atuação de satanás, onde vidas são destruídas, e as pessoas levadas a viver uma existência sem Deus, ou duvidando Dele. Por isso, a Igreja precisa se organizar para que o Evangelho faça a diferença de forma profunda neste mundo. Não precisamos esperar pelo milênio para ver isso acontecer.

Nancy Pearcey, escritora e professora de Filosofia, faz uma prévia sobre a influencia do Evangelho na cultura, dando como exemplo o que acontece com os jovens quando vão à faculdade sem uma sólida formação cristã que os ajude a refutar as idéias anticristãs com as quais terão de conviver. Na função de pais, pastores, professores e lideres cristãos de grupos de mocidade, vemos constantemente os jovens humilhados pela contracorrente de tendências culturais poderosas. Se tudo que lhe dermos for uma "religião do coração", não serão bastante fortes para se oporem à isca de idéias atraentes e perigosas. Os jovens crentes também precisam de uma "religião de cérebro" educação em cosmovisão e apologética - para equipa-los na analise e na critica de cosmovisões concorrentes que eles encontrarão no mundo afora. Se estiverem prevenidos e armados, os jovens pelo menos terão a chance de lutar quando forem a minoria entre seus companheiros de classe ou colegas de trabalho. Educar os jovens a desenvolver uma mente cristã já não é opção; é parte indispensável do equipamento de sobrevivência, diz a professora.

E continua: O primeiro passo para formar uma cosmovisão cristã é superar esta divisão severa entre CORAÇÃO e CÉREBRO. Temos de rejeitar a divisão da vida em uma esfera sagrada, limitada a coisas como adoração e moralidade pessoal, em operação a uma esfera secular que inclui ciência, economia, política e o restante do cenário publico. Esta dicotomia em nossa mente é a maior barreira para liberar o poder do Evangelho por todas cultura hoje.

sábado, 3 de setembro de 2011

A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA

Existe em nossos dias um debate sobre a pratica da ação social por parte da Igreja. Há grupos que defendem esse trabalho como a única opção para a igreja local. Outros grupos, porém, apóiam a idéia de que a vocação da Igreja não é dar assistência aos necessitados.

Na verdade, sempre haverá necessitados em nossa sociedade, sejam eles crentes ou não. E a Igreja precisa adotar uma postura diante de realidade: ajudar ou não as pessoas que dela se aproximam. Se tomarmos o exemplo de Jesus, veremos que, em meio aos ensinos, Ele se preocupou com a alimentação das pessoas. Em duas dessas ocasiões, por exemplo, múltiplo ou pães e peixes para que todos pudessem comer. Ele também falou sobre confiar em Deus a fim de ter as necessidades supridas. O Senhor foi sensível o fato de que nos preocupamos em ter o que comer e vestir.

Não há possibildiade de uma missão integral se apenas pregamos o Evangelho e não observamos as necessidades das pessoas a nossa volta. Há sistemas de culto no mundo qua contemplam a assistência social como fator integrante de evangelização e recepção de adeptos à instituição. Eles se instalam ao país, abrem seus templos e anexos aos santuários, conste em escolas, quadra de esportes para as comunidades, interagindo com elas e atraindo pessoas a seus cultos.

No Antigo Testamento, uma das funções dos profetas era a denuncia contra a nação quando os necessitados eram negligenciados, pois esse tipo de injustiça feria a santidade de Deus (Jr. 34.8-11,16,17). Se tomarmos o exemplo da Igreja Primitiva, veremos o quanto ela entendeu às necessidades do seu tempo e realizou um trabalho social que beneficiou a muitas pessoas (Át. 2.42;4.32), e o apostolo Paulo incentivou a coleta de recursos que amparassem as necessidades da Igreja de Jerusalém quando esta passava por um período de serias provações (Rm. 15.25-29). Alem de assistir só domésticos da fé, o serviço social nos move para fazer melhor as boas obras. Isso não significa que essas ações tenham o poder de nos salvar, e sim que, por sermos salvos, fazemos boas obras para agradar a Deus e partilhar o que temos com aqueles que pouco tem.

Não devemos esquecer que a pobreza é um dos elementos que limitam o desenvolvimento de qualquer nação. A falta de recursos pessoais também tende a inibir a realização de projetos e sonhos. Deus deseja que tenhamos o suficiente para suprir nossas Ne exsicardes e, se possível, mais um pouco para socorrer aqueles que tem menos que nós.

Uma ultima palavra: a Igreja não tem obrigação de sustentar estilo ded vida, mas de socorrer os necessitados. Assisti-los sócialmente implica conscientizar-se, se for este o caso, de que o trabalho é uma forma de glorificar a Deus.