A Igreja Primitiva foi marcada com uma caracteristica que fez dela uma comunidade de pessoas diferentes das comunidades que existiam naqueles dias: a comunhão. Comunhão representa o " Vínculo de unidade fraternal, mantida pelo Espírito Santo, que leva aos cristãos a se sentiram um só corpo em Jesus Cristo" ( Dicionário Teológico da CPAD, pág. 104). Do grego koinonia, traz a idéia de associação e relacionamento íntimo entre as pessoas. Era uma união concedida pelo Senhor, totalmente diferente do senso de unidade de uma organização humana. Mais que estar próximos fisicamentes, eles estavam unidos pelo Espiírito, na fé e na oração.
O poder da comunhão diante da perseguição. A impostância da comunhão na Igreja Primitiva era tal que, somados à oração, as operações dos milagres e à pregação poderosa dos apóstolos, fez com que a Igreja caísse na graça de todo o povo, a ponto de essa boa recepção por parte daqueles que ainda não era servos de Deus influenciar a decisão política dos perseguidores da Igreja. Notemos que os líderes religiosos judeus refrearam muito a sua oposição à Igreja com medo do povo ( AT 4.21: 5.26) Por que agiram assim, com receio de que a opinião do povo lhes fosse prejudicial? Porque o povo tinha a Igreja em alta conta, pela forma com que os crentes cuidavam uns dos outros e mantinham sua fé. Uma Igreja cheia do Esíríto Santo e de comunhão terá inimigos, com certeza, mas esses terão receio de estender seus braços contra ele se achar graça por parte do povo que a cerca.
A comunhão faz a Igreja crescer. Uma obra dividida não consegue se manter. Sem comunhão em uma Igreja, os crentes buscarão interesses próprios, essquecendo-se do objetivo de buscar o Reino de Deus e a sua justiça. Na Igreja em Jerusalém, '' todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar", At 2.47. Esse crescimento era dado pelo Senhor, pois Ele mesmo acrescentava à Igreja novos membros, mas a comunhão que a Igreja tinha era um dos instrumentos pelos quais o Senhor as mantinha lá. Não basta apenas evangelizar e ganhar as pessoas para Jesus; é preciso que essas pessoas vejam o resultado da comunhão no membros da igreja, e assim permaneçem nela. A comunhão que os crentes de uma congregação demonstram é proporcional à comunhão que tem com Cristo. Quanto mais próximos do Senhor, mais demonstraremos esse mesmo sentimentos aos nossos irmãos. Mathew Henry, pastor do século 17, diz em seu comentário, acerca da comunhão apresentadas pelos crentes da Igreja em Jerusalém: que "Eles comiam juntos (v.46) para que os que tivessem muito pudessem repartir suas posses, e, assim se livrarem das tentações da abundância e os que tivessem pouco recebessem uma porção maior, e, então, se guardassem as tentações da necessidade e da pobreza" (Comentário Bíblico Mathew Henry, vol. 2, CPAD, pág. 25).
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