Após o Evangelho chegar aos gentios e a Igreja do Senhor crescer fora dos arraiais judaicos, foi necessário que houvesse um concílio na Igreja em Jerusalém, a fim de delimitar sobre a forma com que esses novos crentes se portariam diante dessa nova vida.
Esse concílio foi motivado por uma questão complexa para aqueles dias: um ensino dizendo que era necessário aos crentes gentios passarem pelo rito da circuncisão. Muitos gentios aceitaram a Jesus, e cristãos judeus mais radicais entenderam que a circuncisão era necessária e esses novos crentes, como se o rito da circuncisão fortalecesse a salvação, ou mesmo confirmasse a fé daqueles novos crentes. Hoje sabemos que um rito não pode fortalecer a salvação, e que a circuncisão não torna o gentio mias crente que um israelita que recebeu a Jesus como o seu Messias. O ensino controverso precisava ser debatido e confirmado ou rejeitado.
Uma situação dessas, que poderia trazer grandes prejuízos à obra de Deus e à comunhão entre os dois grupos, só poderia ser resolvida em um concílio, visto que entre os apóstolos e os anciãos houve uma grande discussão (a palavra usada por Lucas para expressar essa discussão é "contenda").
Foi necessário que Pedro tomasse a palavra e lembrasse a todos que os gentios ouviram a palavra de Deus por meio do apóstolo. Se Pedro havia reconhecido a Deus deu aos gentios a Espírito Santo, não seria correto os judeus deixarem de reconhecer esse fato. Se Deus não fizera a diferença entre os dois povos, porque os israelitas fariam ? Pedro reconheceu também que o jugo colocado sobre seu povo era difícil de suportar (At 15.11)
A participação de Paulo e Barnabé nesse concílio aconteceu após a palavra de Pedro. Eles precisavam ser ouvidos, pois seu testemunho poderia influenciar a decisão a ser tomada em prol dos gentios. Os dois missionários narraram os sinais e prodígios que acompanhavam a sua pregação entre os não judeus. E Tiago reconheceu que o Antigo Testamento indicava a entrada dos gentios no Reino de Deus.
O resultado do concílio. Atos 15.22-29 narra o resultado dessa importante reunião. Os gentios deveriam abster-se das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue e da prostituição. Essas recomendações foram iniciais. Nos anos que se seguiram, Paulo em sua cartas, trouxe outra ordens aos gentios, de acordo com a necessidade das igreja às quais escreveu. Em cada carta paulina Deus usa o apóstolo a fim de trazer arientações divinas aos crentes gentios, explicando, em alguma delas, que a guarda da Lei não salva o gentio, e sim a fé em Jesus Cristo.
quinta-feira, 10 de março de 2011
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