sábado, 6 de fevereiro de 2010

O ministério da reconciliação

Paulo, nesta Carta, fala sobre seu ministério apostólico e sobre a opção de Deus em oferecer sua mensagem por meio de receptáculos frágeis. Dessa vez, trata do ministério da reconciliação. Reconciliar, na definição do Dicionário Aurélio, é estabelecer paz entre amigos ou adversários, ou ainda tornar amigos pessoas que se malquistaram. No aspecto relacionado à salvação, a reconciliação é o ato pelo qual Deus oferece a redenção à humanidade por meio de seu Filho, apagando a inimizade existente entre o homem caído e o Deus Santo. Deus trata o homem que recebe Jesus como uma pessoa justa e amiga. Essa mensagem de reconciliação está de acordo com o que o apóstolo Paulo vive, demonstrando que como ministro do Senhor, ele buscava a reconciliação com os coríntios tanto quanto Deus buscava.

A reconciliação aproxima as pessoas. Quem faria um tratado de reconciliação com um inimigo ou desafeto, e o convidaria a participar de uma ceia em sua casa para comemorar essa reconciliação? Provavelmente, nós não faríamos isso, mas Deus, sim, para conosco. Mais que ser pessoas reconciliadas com Deus, somos colocados por Ele como embaixadores em Seu nome. Antes inimigos, agora somos seus representantes neste mundo pecaminoso. Zelamos pelos interesses do Seu Reino, além de ser seus Porta-vozes às nações em todos os aspectos. Prestamos assistência neste mundo aos nascidos de novo, e convidamos outros para que, pelo novo nascimento, partilhem da novidade de vida em Cristo.

A novidade de vida. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". 2 Co 5.17. A expressão novidade de vida corresponde ao fato, não apenas ao ato, de aceitarmos Jesus como Salvador, mas também ao fato de viver uma vida de santidade. A morte de Cristo e sua ressureição fizeram uma tão grande mudança na vida de Paulo que ela a dividiu em antes e depois de encontrar-se com o Senhor. As coisas que antes ele fazia estavam no passado de sua memória, mas para Deus Paulo era uma nova criatura.
Aqui cabe uma observação. Há pessoas que no passado viveram de forma desregrada e praticaram atos danosos à sociedade, mas que aceitaram Jesus e foram feitas novas criaturas. Essas pessoas geralmente são estigmatizadas pelos incrédulos, que criticam o novo nascimento como se este fosse suficiente para abolir as consequências terrenas dos maus atos praticados anteriormente pelos novos crentes. Por mais que os homens queiram continuar a acusar aqueles que aceitaram Jesus, lembrando-lhes do passado, para Deus, seus filhos são novas criaturas. É evidente que atos criminosos praticados antes da conversão precisam ser julgados pelas leis dos homens, mas isto não impede que o Senhor faça destes homens e mulheres pessoas novas no Reino de Deus.

FONTE: revista Ensinador Cristão.Ano 11 - número 41. pg.39

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