sábado, 27 de agosto de 2011

PRESERVANDO A IDENTIDADE DA IGREJA

Para que a Igreja preserve sua identidade, ela precisa resguardar-se de situações que coloquem sua autenticidade e essência em risco. Dentre esses perigos, destacamos, conforme a lição:

AMEAÇAS INTERNAS

"E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (At. 20.30). Não é incomum ver, na história da igreja, ataques vindos de dentro da própria instituição. Paulo deixa claro que homens do nosso meio, com o objetivo de atrair seguidores, falarão coisas que irão ferir o próprio Evangelho. Em 2 Co. 11.26, Paulo descreve que, dentre os diversos perigos pelos quais passou, sofreu com os chamados falsos irmãos: "Em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em prévios entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos".

AMEAÇAS EXTERNAS

"Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho" At.20.29. Uma das características da cadeia alimentar do ecossistema é a capacidade de alguns animais alimentarem-se de outros para sobreviver. Paulo desataca aqui lobos, inimigos comuns das ovelhas. Eles são predadores naturais, cujo peso pode variar de acordo com o local em que vivem, chegando a pesar até 75 quilos. Conseguem percorrer vários quilômetros atras de uma presa e podem ser hospedeiros de doenças como raiva e leptospirose. Paulo conhecia esses tipos de animais, e utilizou a imagem deles para compara-los a homens ímpios que se aproximariam do rebanho a fim de destruir ovelhas e alimentarem-se delas. A alusão de Paulo mostra que esses homens entrarão no rebanho (como se não houvesse alguém de guarda para proteger as ovelhas), e que não seriam misericordiosos. Imagine a cena: uma matilha de lobos faminta atacando um rebanho de ovelhas sem defesa própria, exceto a presença do pastor. Uma carnificina sem precedentes. Isso acontece em muitas igrejas, onde homens sem temor a Deus entram sem serem impedidos pregando falsas doutrinas e desviando da fé muitos incautos.

Em ambos os casos, a Igreja pode manter a sua identidades e integridade investindo na pregação e no ensino cristão bíblico. Uma comunidade cristã que não possui uma pregação bíblica bem elaborada, fruto de um exercício intelectual direcionado pelo Espirito Santo, jamais conseguirá formar crentes que reconheçam falsas doutrinas e saibam como refuta-las. Outro fator determinante de uma Igreja forte é sem dúvida a demonstração de amor que os membros manifestam uns pelos outros. Mesmo que haja atritos entre os irmãos, esse sentimento funcionará como o adesivo, unindo as partes conflitantes sem causar feridas.

Revista Ensinador Cristão, ano 12 - número 47, pagina 40.

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